O presidente do STF, Dias Toffoli, repetiu hoje (1) a crise do TRF4 sobre a soltura de Lula, em julho, e cuspiu no prato que comeu ao censurar o ex-presidente da República.
Em julho, após o desembargador Rogério Favretto determinar a soltura do petista, o juiz Sérgio Moro que estava em férias desobedeceu a ordem do TRF4. Logo na sequência, houve uma sucessão de contraordens e desobediências à hierarquia jurídica do país.
Desde sexta (28) a situação não é diferente e denota a grave crise moral e política que o judiciário vive nesses tempos de obscuridade e lavajatismo.
Para o leitor não se perder, eis a confusão:
1- ministro Ricardo Lewandowski autoriza entrevistas com Lula em Curitiba;
2- ministro Luiz Fux cassa a autorização e determina a censura prévia ao ex-presidente;
3- ministro Lewandowski desautoriza Fux e manda cumprir a decisão imediatamente; e
4- chamado a dizer qual liminar vale, Dias Toffoli se perfilou ao lado da censura.
O presidente do STF que bebeu e comeu na fonte do petismo, dos movimentos sociais e democráticos, ao que parece, cuspiu no prato. Ele até afirma que o golpe militar de 1964 foi um movimento.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.