“O fenômeno que estamos vendo no Brasil não tem precedentes”, afirmou Laura Chinchilla, chefa da missão da Organização dos Estados Americanos (OEA) para acompanhar as eleições no Brasil, à imprensa nesta quinta-feira (25) em São Paulo. “É a primeira vez em uma democracia que estamos observando o uso de WhatsApp para difundir continuamente notícias falsas”, disse.
A afirmação da chefe da missão da OEA foi dada após reunião realizada nesta quinta-feira em um hotel na zona sul da capital paulista entre representantes da missão da OEA e o candidato do PT a presidente, Fernando Haddad, sua vice, Manuela D’Ávila (PCdoB), a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, e o ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.
Na segunda-feira (22), representantes do PT haviam entregado à missão da OEA denúncias relativas à violência e às notícias falsas que têm marcado as eleições de 2018 no Brasil.
Na coletiva de hoje, Laura afirmou à imprensa a necessidade de se adotar um tom construtivo no debate: “Esse processo eleitoral foi impactado por alguns fenômenos ligados ao clima político, entre eles um discurso que tende a incentivar, digamos, a violência política”.
A chefe da missão da OEA, que pretende se encontrar também com autoridades brasileiras e com integrantes da campanha de Jair Bolsonaro, afirmou que a organização irá “sublinhar a importância de que o voto no segundo turno seja racional, informado e não um voto movido por muitos dos sentimentos das notícias falsas”.
*Com informações de Agências
*Foto reprodução UOL
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.