“Ninguém deve ser agredido pelo que pensa”, diz Haddad


O candidato Fernando Haddad (PT) afirmou em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (9), em São Paulo, o seu compromisso por um segundo turno de propostas, e não de calúnias, e pela construção de uma política baseada em diálogo e contra o ódio.

“Tem muita notícia falsa circulando. As duas campanhas poderiam se ajudar e contribuir para que o leitor receba informações reais, fiéis, verdadeiras sobre o que pensam os candidatos. E, assim, melhorar a qualidade da democracia com a qual eu tenho um compromisso de vida”, afirmou.

Infelizmente, nem todos os candidatos têm a mesma preocupação com a transparência. Temendo a decisão dos eleitores, tentam confundi-los e amedrontá-los, pouco ou nada preocupados com elevar o nível dos debates. “Recebemos uma resposta do nível do candidato pelo tuíter, que os jornais publicaram”, afirmou Haddad sobre a resposta dada por Bolsonaro à proposta de assinatura de uma carta de compromisso contra mentiras na internet.

Um compromisso público entre os candidatos e partidos contra a onda de ódio na política é urgente, e já há casos de pessoas sendo atacadas e até mesmo mortas simplesmente por expor suas opiniões. Haddad lembrou especificamente do caso do mestre de capoeira Moa Katendê, que foi covardemente assassinado com 12 facadas, no último domingo, após ter dito que não gostava de Bolsonaro.

“Eu espero que a imprensa repercuta isso. Estamos aqui num gesto, estendendo a mão, para que as regras sejam respeitadas e as pessoas não sejam molestadas, agredidas pelo que pensam. A liberdade de opinião tem que ser respeitada no Brasil”, reiterou.