O candidato Jair Bolsonaro (PSL) já está influenciando outros países da América do Sul, mas é pelo mau exemplo. O senador chileno Alejandro Navarro propôs uma lei para impugnar candidatos que divulgam fake news e batizou ela de “Lei Bolsonaro”.
Se a Lei for aprovada, os candidatos que distribuírem notícias falsas em redes sociais e aplicativos de mensagens terão sua candidatura impugnada.
Confira a seguir o twitt do senador:
El proyecto de #LeyBolsonaro que hemos anunciado es una reforma necesaria para resguardar la democracia; sancionará con la cesación del cargo a la candidatura que manipule información para entregar contenido falso y replicarlo en redes sociales y WhatsApp▶️https://t.co/2XyXveSq0P pic.twitter.com/HEpczveoKU
— Alejandro Navarro (@senadornavarro) 24 de outubro de 2018
Segundo Navarro, “a reforma combaterá a nova maneira de fazer política que a extrema-direita adotou na América Latina”, usando as informações dos usuários das redes sociais, em um modelo similar ao Cambridge Analytica, para “espalhar mentira que destrói uma reputação”.
O senador afirmou ainda que as notícias falsas são difíceis de combater “porque os eleitores ficam com a primeira impressão”. Navarro lembrou ainda que “a mentira eleitoral tem efeitos devastadores sobre o debate político”.
O político chileno disse que deu esse nome ao projeto “por conta da forma de fazer política do candidato à presidência do Brasil, Jair Bolsonaro”.
Navarro lembrou o esquema LavaZap, no qual diversos empresários financiaram disparos de mensagens em massa, por até R$ 12 milhões, para disseminar fake news sobre Fernando Haddad:
“Tais como: que ele iria distribuir um kit gay para crianças de 6 anos nas escolas; que Haddad defendeu o incesto em um de seus livros ou que apresentaria um projeto para legalizar a pedofilia”.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.