A excelente repórter Amanda Audi, no The Intercept, relata o trabalho da ex-assessora de imprensa do juiz Sérgio Moro na operação lava jato em Curitiba.
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De acordo com a jornalista Christianne Machiavelli, que atendeu ao magistrado até 30 de agosto deste ano, os veículos de imprensa apenas reproduziam a versão da lava jato.
“Era tanto escândalo, um atrás do outro, que as pessoas não pensavam direito. As coisas eram simplesmente publicadas”, revelou à repórter.
Mais do que isto, a lava jato — e consequentemente Christianne — significou uma espécie de “barateamento” do custo para as empresas de comunicação brasileiras.
Ao invés de investirem em repórteres, os barões da mídia preferiram apenas copiar e colar o que a assessoria de imprensa de Moro produzia — o que não deixa de ser um mérito da ex-assessora.
Se os jornalões e TVs brasileiros, a partir de Curitiba, copiam e colam as decisões e despachos da lava jato, o juiz Sérgio Moro também copiou e colou as estratégias do procurador italiano Antonio Di Pietro da operação Mani Pulite [mãos limpas, em italiano]
“Ele [Sérgio Moro] fez um copia/cola das estratégias do procurador italiano Antonio Di Pietro”, conta Amanda Audi, no The Intercept.
Lembrando o velho Chacrinha, neste mundo de Sérgio Moro ‘nada se cria, tudo se copia’ — para o azar dos acusados que têm as garantias constitucionais violadas pela lava jato.
Leia a íntegra da reportagem no The Intercept Brasil.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.