Uma deputada estadual eleita em Santa Catarina lançou uma campanha nas redes sociais pedindo que estudantes denunciassem os professores “com viés político-partidário”; ou seja, contra Bolsonaro. Mas o resultado se voltou contra ela.
A parlamentar pediu que as denúncias fossem enviadas pelo Whatsapp.
Porém, um usuário do twitter criou uma campanha para reverter a perseguição aos docentes. Ele propôs doar R$ 5 mil à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) caso 100 “gemidões” fossem enviados para o número criado pela parlamentar para realizar as denúncias.
Nas caixas de mensagens, internautas aparentemente “denunciam” os professores e acrescentam “a prova do crime”.
“Olha o áudio do meu professor humilhando um colega de classe que declarou voto no Bolsonaro”, enviou uma usuária pelo WhatsApp, seguido do áudio constrangedor. Em uma hora, a campanha já tinha ultrapassado a marca das 100 mensagens enviadas.
A parlamentar eleita se chama Ana Caroline Campagnolo. Ela é do PSL, mesmo parido de extrema direita do presidente eleito. Ana defende a “mordaça” da escola “sem” partido.
Após a iniciativa, o Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) disse que vai investigar a conduta da parlamentar.
Segundo a assessoria de imprensa do órgão, a 25ª Promotoria de Justiça de Florianópolis instaurou, via ofício, um procedimento para apurar possível violação ao direito à educação e adotar as medidas cabíveis.
Confira o Twitter do defensor da liberdade dos professores:
URGENTE: Passamos dos cem gemidões enviados. Promessa é divida. R$ 5 mil para a APAE Florianópolis. Assim que tiver o comprovante, coloco nesse espaço.
Enquanto isso, continuem mandando gemidões. A contabilidade final dessa ação será divulgada ao fim do prazo de 48h. Muito feliz. pic.twitter.com/e08tAHwq6b— S t r a u s s (@strauss_real) 30 de outubro de 2018
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As informações são da Rede Brasil Atual.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.