Bolsonaro não terá votos para aprovar reformas

Nem assumiu, o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) já subiu no telhado. Isto porque, feitas as contas, ele não terá votos suficientes para aprovar reformas — como da previdência — na Câmara.

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Para modificar a Constituição, por meio de PECs, este ou o futuro governo precisam de quórum qualificado de dois terços (257 deputados) na Câmara.

Na composição atual da Câmara, em que 52% dos deputados não se reelegeram, dificilmente qualquer proposta que exija quórum elevado passe por causa de condições objetivas e subjetivas.

As objetivas dizem respeito o desinteresse dos parlamentares que não conseguiram renovar o mandato e o desejo deles ou voltarem à Casa ou disputar prefeituras. As subjetivas têm relação às mágoas, a oposição, o oportunismo dos reeleitos que desejam negociar cargos com o futuro governo.

Nunca é demais recordar que os oposicionistas, ainda dispersos, elegeram mais de 1/3 da Câmara, qual seja, votos suficientes para barrar as reformas do Coiso (leia-se, retirada de direitos dos trabalhadores e criação de benefícios para os mais ricos).

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