O STF não gosta mesmo de pobre. Primeiro permitiu o golpe que cassou a presidenta eleita pelo povo, em 2016, e agora retirou o direito de 3,6 milhões de brasileiros de votar por não realizarem a tal biometria eletrônica.
É como se o Supremo dizimasse, apagasse do mapa um país inteiro do tamanho do Uruguai, sem aviso prévio. Sim, o STF cassou o direito de voto de 3,6 milhões de cidadãos a 10 dias das eleições.
Por 7 votos contrários ao povo pobre a 2 favoráveis, os ministros da corte julgaram nesta quarta (26) a ADPF 541 promovida pelo PSB (Partido Socialista Brasileiro).
O ministro Ricardo Lewandowski, voto vencido na sessão, afirmou que burocracias estatais de tecnocratas do TSE não podem inviabilizar o constitucionalmente indispensável direito ao voto, por ser um dos mais importantes instrumentos para o exercício da cidadania.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Advocacia-Geral da União (AGU) em manifestação enviada ao STF, também defenderam que o cancelamento do título de quem não participa de recadastramento reforça a segurança do processo eleitoral.
O Brasil amanheceu hoje um Uruguai menos cidadão.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.