Tucanos vão ao desespero com desempenho de Bolsonaro

Os marqueteiros do candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, estão quebrando cabaça para descobrir uma fórmula mágica para desidratar Jair Bolsonaro (PSL).

Alckmin aparece em 4° ou 5° lugar, dependendo da pesquisa; atrás de Marina Silva (Rede) e às vezes até de Ciro Gomes (PDT). Além, é claro, de Lula e Bolsonaro.

No cenário sem Lula, tudo leva a crer que Fernando Haddad herdará votos suficientes para ir ao segundo turno.

Os tucanos e o centrão estão confiando no enorme tempo de TV da coligação para ultrapassar os adversários mais próximos. Porém, contra Bolsonaro as coisas não devem ser tão fáceis.

Uma série de pesquisas internas foram encomendadas e algumas peças de campanha estão saindo do forno, mas não há consenso sobre o tom dos ataques nem sobre quando eles devem começar.

Para piorar as coisas, parte do eleitorado que seria naturalmente dos tucanos parece se empolgar com o “novo” João Almoêdo. E também há o paranaense Alvaro Dias (Podemos), roubando votos que seriam naturalmente dos tucanos.

Economia

Tudo isso vai apontando para um cenário de segundo turno sem o PSDB pela primeira vez, desde os 90, nos tempos de FHC.

Quem contava com a entrevista no Jornal Nacional para expor as fraquezas de Bolsonaro, se deu mau. O candidato da extrema direita falou o que seu eleitorado queria ouvir, mostrou segurança e se saiu bem em quase todas as armadilhas de William Bonner.

Coube à Renata Vasconcellos dar um “chega prá lá” no machismo. E, mesmo aí, o candidato do PSL conseguiu sair por cima expondo a dependência da Globo às verbas da publicidade do governo federal.

Do outro lado, apesar de Lula estar preso, a esquerda parece ter uma avenida pavimentada para o segundo turno. Então, a direita que se esfole sozinha!