Manifestantes ocupam o Ministério da Cultura

A Frente Liberta Matriz Africana (FLAMA) ocupou ontem (7) o 9° andar do Ministério da Cultura em Brasília. Eles pedem uma audiência com o Ministro Sergio Sá Leitão para cobrar pautas da cultura dos povos tradicionais do País.

A ocupação é pacífica e não há incidentes até o momento. Eles tem uma longa lista de reivindicações acerca das cultuas populares tradicionais e da atuação do MinC.

Leia a carta de reivindicações do movimento a seguir:

“Brasília 07 de agosto de 2018

Nós, Autoridades civilizatórias de matrizes africanas, indígenas, camponesas e periféricas, representadas pelas cinco regiões do país, após a ocupação do Ministério da Cultura na Secretaria da Diversidade Cultural, Ed Parque Cidade Corporate, torre B, 9º andar, convocamos a presença do Ministro de Estado da Cultura Sérgio Sá Leitão, de imediato, para resoluções definitivas das seguintes reivindicações:

– Lei de Mestres e Mestras (ano 2011).
– Publicação do Edital ainda em 2018 para Mestres e Mestras.
– Lei Cultura Viva.
– Anistia para os Pontos de Cultura (ampla, geral e irrestrita).
– Publicação do Edital para Rede de Pontos de Cultura de Matrizes africanas, camponesas, indígenas e periféricas.
– Devolutiva dos diálogos e recursos com a política do Cultura Viva nos estados.
– Conveniamentos imediato e irrestrito do pontão “Articula matrizes africanas”.
– Fomento da Teia nacional dos Pontos de Cultura.
– Posse imediata do conselheiro nacional de Políticas Culturais para os povos de matrizes africanas e de terreiros, Pai Álvaro José dos Santos Souza (Pai Neto de Nanã-MA).
– Formação do Colegiado Nacional de Povos de Matrizes Africanas e de Terreiros.
– Exigimos a Presidência, imediata, da Fundação Cultural Palmares pelo conselheiro Titular Pai Álvaro José dos Santos Souza (Pai Neto de Nanã-MA).
– Que, a partir de hoje, a presidência da Secretaria Especial de Políticas de Igualdade Racial-SEPIR, seja ocupada por conselheiro eleito pelo Conselho Nacional de Igualdade Racial.
– Implementação do Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos de Matrizes Africanas e de Terreiros.

Economia

Declaramos o Ministério da Cultura, Fundação Cultural Palmares e Sepir culpados pelo crime de grave ameaça a extinção da diversidade cultural e biológica da nação brasileira, assim como, de associação criminosa com as igrejas, determinando o estado de calamidade cultural em todo território brasileiro, o que tem ameaçado a vida, os hábitos e costumes das comunidades tradicionais afro brasileiras e indígenas.”

Assista a síntese das reivindicações:

Com informações do G1 e Jornalistas Livres.