O velho clichê segundo qual ‘o melhor do Brasil é o brasileiro’ voltou em alta em tempos de ódios, lava jato e Jair Bolsonaro (não necessariamente nesta ordem).
A última deste início de campanha eleitoral veio do vice na chapa de Bolsonaro, o general Hamilton Mourão (PRTB), que atribuiu à herança indígena a “indolência” e aos africanos a “malandragem” dos brasileiros.
“Temos uma herança cultural, uma herança que tem muita gente que gosta do privilégio (…) Essa herança do privilégio é uma herança ibérica. Temos uma certa herança da indolência, que vem da cultura indígena. Eu sou indígena. Meu pai é amazonense. E a malandragem (…) é oriunda do africano”, afirmou. “Então, esse é o nosso cadinho cultural. Infelizmente gostamos de mártires, líderes populistas e dos macunaímas”, declarou nesta segunda (6) o general na Câmara de Indústria e Comércio de Caxias do Sul (RS).
Mourão confunde virtude com defeito, pois o melhor do Brasil é o brasileiro produzido por esta incrível mistura de raças e cores.
Em fevereiro deste ano, o vice de Bolsonaro disse que o coronel Brilhante Ustra, reconhecido pela Justiça como torturador, era herói nacional por ter combatido o terrorismo no país durante a ditadura militar.