Financiamento de campanha mostra que eleição é coisa para rico

A disputa eleitoral deste ano é mais desigual desde a redemocratização do país, pois a legislação eleitoral trata de maneira igual os desiguais nesta competição pelo poder.

Além de privilegiar os políticos que já estão com mandato, ao restringir o tempo no horário eleitoral, e destinar a maior parte dos recursos do fundo partidário às maiores legendas, a distorção também ocorre nas doações privadas estabelecidas pelo TSE.

Segundo a Folha, do total de R$ 45,6 milhões de grandes doações até agora —acima de R$ 300 mil—, 93% saíram do bolso de concorrentes ricos (R$ 30,4 milhões) ou de grandes empresários (R$ 12 milhões), com sobrenomes ligados a marcas como Riachuelo, a rede de shoppings Iguatemi, Localiza e Porto Seguro.

A quantia que determina uma grande doação, acima ou igual a R$ 300 mil, foi estabelecida pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Para um bom entendedor, os eleitos possivelmente estarão atrelados aos lobbies privados e às grandes fortunas do Brasil.

Portanto, somente uma Assembleia Nacional Constituinte seria capaz de corrigir esta nefasta distorção na representatividade em que os ricos, a minoria, submetem os pobres que são a maioria do nosso povo.

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