Bolsonaro pode virar réu no STF, nesta terça, em caso de racismo

O Supremo Tribunal Federal (STF) examina nesta terça (28) mais uma denúncia contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). Ele é acusado de racismo acerca de quilombolas, indígenas, mulheres, refugiados e LGTBs.

Bolsonaro terá a sorte analisada pela 1ª Turma do STF, considerada “carne de pescoço”, formada pelos seguintes ministros: Alexandre Moraes, Rosa Weber, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso e Marco Aurélio Mello (relator do caso).

Se o colegiado entender que há elementos suficientes para a abertura de ação penal, Bolsonaro se tornará réu em caso de racismo. Ele já responde na corte por incitação ao estupro cuja bronca envolve a deputada Maria do Rosário (PT-RS).

Sobre a acusação de racismo

De acordo com a denúncia da PGR, Bolsonaro usou expressões discriminatórias e de ódio contra grupos sociais durante palestra no Rio em 2017.

A procuradora-geral Raquel Dodge anotou com graves as seguintes declarações do deputado:

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1- “Eu tenho cinco filhos. Foram quatro homens, a quinta eu dei uma fraquejada e veio uma mulher”;

2- “Em seguida, Bolsonaro apontou seu discurso de ódio para os índios, impondo-lhes a culpa pela não construção de três hidrelétricas em Roraima e criticando as demarcações de terras indígenas”;

3- “Eu fui em um quilombola em Eldorado Paulista. Olha, o afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada, nem para procriador eles servem mais”.