Para desespero de Alckmin, Centrão à beira da implosão

O Centrão pode ter sido apenas um “sonho de verão” de Geraldo Alckmin (PSDB) em pleno veranico (fenômeno que se verifica calor em pleno inverno nas regiões Sul e Sudeste do país). O blocão formado PR, DEM, PP, PRB e Solidariedade está à beira da implosão.

Apontado como vice na chapa de Alckmin, o empresário Josué de Alencar (PR) não tem demonstrado muita vontade de acompanhar o tucano que patina nas pesquisas de intenção de voto. O dono da Coteminas e filho do ex-presidente José de Alencar, morto em 2011, tem mais proximidade política com o PT. Ele conversa com Fernando Pimentel, em Minas, e poderá ser seu vice.

Além de Alencar, Alckmin poderá sofrer novas baixas. Um dos expoentes do Solidariedade, juntamente com o deputado Paulinho da Força, o ex-ministro Aldo Rebelo é bastante categórico ao afirmar que o “Solidariedade ainda não fechou apoio a Alckmin”. Ou seja, o partido ainda está na pista, embora haja bochicho de que tenham ‘afinado a viola‘ nas últimas horas.

Para complicar ainda mais a vida do ex-governador de São Paulo, o senador Alvaro Dias (Podemos) também disse não à aliança com Alckmin. Com quase 4% nas intenções de voto, o paranaense jura que se manterá na disputa presidencial (em Brasília, fala-se abertamente que Alvaro acabará disputando o governo do Paraná).

Como se vê, caríssimo leitor, Geraldo Alckmin tem motivos de sobra para entrar em desespero.