Greve dos eletricitários do Norte e Nordeste contra a privatização teve adesão de mais de 90% da categoria


93% dos eletricitários do Norte e Nordeste aderiram à greve de 48h contra privatizações de empresas do setor elétrico, que terminou nesta quinta-feira(26) por volta das 17h30. Enquanto o governo ilegítimo e golpista de Michel Temer vendia em lance único e sem concorrência para a empresa Equatorial, a distribuidora de energia Cepisa, do Piauí, cerca de mais de 90% dos 10 mil trabalhadores cruzavam os braços em protesto contra as privatizações.

A luta dos trabalhadores continuam há, pelo menos, mais um mês de luta para evitar que o governo golpista e ilegítimo de Michel Temer venda até 30 de agosto outras distribuidoras de energia do sistema Eletrobras: a Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre), Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron), a distribuidora Boa Vista Energia, de Roraima, e a Amazonas Distribuidora de Energia (Amazonas Energia).

Nailor Gato, vice-presidente da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) e presidente do Sindicato dos Urbanitários de Roraima (STIU–RO), explica que está marcada para o próximo dia 3 de agosto, em Brasília, uma reunião com o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) para discutirem um calendário de lutas e mobilizações contra as privatizações e o desmonte da Eletrobras.

“Nesta data, o Congresso Nacional terá voltado do recesso parlamentar e nós queremos impedir a aprovação pelo Senado do PLC nº 77, editado por Temer, com a pretensão de privatizar as distribuidoras de energia”, explica o dirigente.

Além do desemprego que ronda a categoria, os eletricitários se preocupam com a população, especialmente os mais pobres, que devem pagar mais caro pelo preço da energia elétrica, já que a iniciativa privada visa o apenas o lucro em detrimento de uma política pública social.

*Com informações FNU/CUT

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