Michel Temer divulgou nota nesta quinta (14), em resposta à Polícia Federal, jurando que jamais incentivou pagamentos ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ).
A PF divulgou relatório nesta quarta (13) sobre as investigações da ‘Operação Cui Bono?’ no qual afirma que Temer tentou obstruir a Justiça com compra do silêncio de Cunha e do operador do MDB Lúcio Funaro.
Por meio da nota, Temer denuncia que investigadores insistem em retirar do contexto diálogos e frases para tentar incriminar o presidente da República.
Diz a nota do Palácio do Planalto:
“Nota à imprensa
É mentirosa a insinuação de que o presidente Michel Temer incentivou pagamentos ilícitos ao ex-deputado Eduardo Cunha e a Lúcio Funaro. Isso jamais aconteceu. A gravação do diálogo com Joesley Batista foi deturpada para alcançar objetivo político. A verdade é que, na conversa grampeada, quando o empresário diz que mantinha boa relação com o deputado, o presidente o incentiva a não alterar esse quadro. Segue a transcrição desse trecho do diálogo:
Joesley – “Eu tô de bem com o Eduardo”
Michel Temer – “Tem que manter isso, viu?”
Portanto, não tem nada a ver com aval a qualquer pagamento a quem quer que seja. Assim, é ridículo dizer que houve obstrução à Justiça e, muito menos, relativamente a qualquer caso envolvendo integrantes da Magistratura e do Ministério Público. O presidente não tinha nomes, e nem sequer sabia que o procurador Marcelo Müller estava trabalhando para a J&F da família Batista.
Apesar da ausência absoluta de provas, investigadores insistem em retirar do contexto diálogos e frases para tentar incriminar o presidente da República. Perpetuam inquéritos baseados somente em suposições e teses, sem conexão com fatos reais.”
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.