Pressionada, a Petrobras já admite que poderá rediscutir a política de reajuste diário do preço da gasolina. Atualmente, o combustível sofre as variações do dólar e a cotação internacional do petróleo — o que tem aumentado o valor nas bombas dos postos.
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A estatal também recuou em relação ao reajuste diário do gás de cozinha. Desde janeiro deste ano o botijão é reajustado trimestralmente. E, após a greve de 11 dias dos caminhoneiros, o diesel teve um congelamento acordado por 60 dias (depois será reajustado mensalmente). No entanto, a situação está longe de um desfecho positivo para o consumidor brasileiro.
A atual política de preços da Petrobras é um contrassenso porque o trabalhador recebe o salário em real, mas paga pelos combustíveis em dólar.
No sábado (2), por exemplo, o preço da gasolina nas refinarias da Petrobrás teve aumento de 2,25%, o equivalente a R$ 0,04 por litro.
Desde de outubro de 2016, quando a estatal atrelou os reajustes ao dólar e à cotação internacional do petróleo, no governo Michel Temer, houve incríveis 223 reajustes nos combustíveis. Um crime contra a economia popular, portanto.
Resumo da ópera: com fogo no rabo até preguiça corre.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.