Manu e o ‘zigue-zague’ do PCdoB

Brasília, dia 19, última terça-feira, clima ameno no Planalto nesta época do ano, oscilando entre 22° a 24°, um encontro político entre o pré-candidato à Presidência pelo PDT,  Ciro Gomes, com os partidos do chamado “Centrão”, bloco golpista liderado pelo atual presidente da Câmara de Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Também presentes: o presidente do DEM, Antonio Carlos Magalhães Neto, o presidente do PP, senador Ciro Nogueira, do PRB, Marcos Pereira, do Solidariedade, deputado Paulinho da Força, do PDT, Carlos Lupi e o líder do PCdoB na Câmara, deputado Orlando Silva.

A reunião tinha como objetivo a costura da chamada “Frente Ampla” com Ciro, uma articulação política que pretende “despolarizar” o quadro político no país e realizar a chamada “unidade dos contrários”. Além das cantilenas de sempre sobre os benefícios políticos da união, intrigou a presença de Orlando Silva do PCdoB na reunião, a legenda vermelha que tem como pré-candidata à Presidência da República a carismática deputada gaúcha Manuela D’Ávila.

Das duas, uma: ou a candidatura de Manu é objeto de negociação ou vem sendo esvaziada pela direção partidária. Vale lembrar que, meses atrás, Manu foi alvejada publicamente por Flávio Dino, governador do Maranhão e principal expoente do PCdoB, quando declarou publicamente que Ciro era o “melhor candidato para reunir as forças de esquerda”.

A presença de Orlando Silva no encontro deu pano prá manga dentro e fora do PCdoB. Nas redes sociais, o buxixo correu solto.

O jornalista Sérgio Porto, o inesquecível Stanislaw Ponte Preta, diria que este zigue-zague do PCdoB mais parece o “samba do crioulo doido” (paródia criada em 1968). Ou parodiando, de novo, seria  o “nó tático” do crioulo doido.

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Nesta segunda-feira (25), às 22 h, Manuela D’Ávila vai participar do programa de entrevistas Roda Viva, na TV Cultura de São Paulo. É a grande oportunidade para dizer a que veio.