Intervenção no Rio, um dos maiores fiascos de Temer após 4 meses

A intervenção federal no Rio de Janeiro, após 4 meses, se comprovou um dos maiores fiascos de Michel Temer. Concebida politicamente para combater a violência, o índice de mortes provocadas pela polícia aumentou e o número de chacinas — ocorrências com três ou mais mortos — praticamente dobrou na região metropolitana do estado fluminense em relação ao mesmo período de 2017.

LEIA TAMBÉM
Jungmann sugere prorrogar intervenção no Rio por mais um ano

De acordo com a ONG Fogo Cruzado, de 16 de fevereiro a 16 de junho foram registradas 20 chacinas, com um total de 86 mortos (nenhum deles policial). No mesmo período de 2017 foram 11 registros, com um total de 39 vítimas fatais (entre elas, um policial). O aumento de chacinas, segundo o levantamento, já vinha sendo observado antes mesmo da intervenção, mas, em vez de cair, continuou crescendo.

Fogo Cruzado relata ainda que houve 3210 tiroteios/disparos de arma de fogo em 2018 e 1817 em 2017 no mesmo período. Ou seja, também continuou crescendo e quase dobrou depois da intervenção no Rio.

LEIA TAMBÉM
Intervenção federal “enxuga gelo” no Rio de Janeiro

O Observatório da Intervenção Federal afirma que falta transparência nas operações policiais que resultam em mortes de civis. Segundo a socióloga Silvia Ramos, esses eventos ocorrem em áreas carentes do Rio. “Quando, sob intervenção, a polícia faz coisas típicas das que a levaram a perder sua credibilidade junto à população, a gente fica preocupado”, afirmou à Folha.

Economia

Às Forças Armadas, uma recomendação: pede para sair daí enquanto há tempo!