A Argentina amanheceu em greve nesta segunda-feira (25) e não pela fraca atuação do atacante Messi na Copa do Mundo. Pelo contrário. Os trabalhadores argentinos cruzaram os braços hoje contra a política econômica do governo Mauricio Macri, uma espécie de Michel Temer [com votos] de los hermanos.
Dentre os motivos da paralisação convocada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT) está o acordo de Macri com o Fundo Monetário Internacional (FMI), velho conhecido dos brasileiros na era Fernando Henrique Cardoso, que emprestou US$ 50 bilhões para conter a especulação contra o peso (crise cambial), mas impôs uma brutal agenda de cortes sociais na ordem de 30%.
Segundo o jornal argentino Página 12, não há transporte no país: “nem trens, nem ônibus, nem metrô, nem aviões”. Há relatos de turistas brasileiros, em férias, tiveram seus voos cancelados quando chegaram ao aeroporto de São Paulo.
A greve geral ocorre na véspera de a seleção de Messi entrar em campo contra a Nigéria. A partida será dramática porque se perder para do time africano a Argentina terá de antecipar a volta para a casa.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.