Contra a privatização, portuários decidem entrar em ‘estado de greve’

Sindicatos da base da Federação Nacional dos Portuários (FNP), reunidos em Brasília na terça-feira (12), decidiram entrar em estado de greve contra a privatização dos portos e a retirada de direitos trabalhistas. A categoria enfrenta forte desemprego no setor.

Os portuários elegeram quatro principais pontos de luta: o combate à privatização dos portos, a luta contra as demissões de trabalhadores e sindicalistas; o andamento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2017/2018, que ainda está em aberto; e o combate ao desmonte do Portus – o fundo de previdência dos empregados das Companhias Docas. De acordo com o presidente da FNP, Eduardo Guterra, atualmente o Portus não tem caixa pra honrar o benefício dos mais 11 mil trabalhadores que fazem parte do sistema.

Em 2017, o governo ilegítimo Michel Temer tentou privatizar a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa). A ação foi impedida pela atuação da Federação Nacional dos Portuários e sindicatos filiados. Entretanto, a tentativa de entregar o sistema portuário, de forma geral, ao capital privado, persiste no governo golpista de Temer.

“As ameaças de privatização batem à nossa porta. Querem privatizar Correios, a Petrobras, os portos. Querem destruir todas as nossas riquezas. Assim como as demais estatais, os portos são de extrema importância para sociedade, pois é através dele que insumos essenciais chegam ao nosso país, desde uma simples caneta até grandes materiais e todas as coisas que utilizamos no dia a dia”, alerta Guterra.

*Com informações de CUT Brasília

Economia