As entidades representativas dos caminhoneiros em greve precisam avançar em sua justa pauta reivindicatória e propor: 1- a diminuição dos lucros dos acionistas privados da Petrobras e 2- retomar a estratégica estatal.
Reduzir impostos significa retirar recursos de muitos brasileiros, portanto, legalmente, a curto prazo, pode ser difícil essa saída.
Diminuir a distribuição de lucros aos acionistas privados — leia-se fundos abutres — significa cortar a mamata de alguns poucos estrangeiros que sugam a energia nacional.
Os líderes do movimento grevistas têm de aproveitar o xeque-mate dado no governo Michel Temer para, além da redução da distribuição de dividendos aos sócios privados, exigir que o pré-sal continue estatal.
A crise dos aumentos abusivos dos combustíveis é fruto da concepção neoliberal e privatista da empresa de petróleo.
Entretanto, é bom frisar, que esta greve demonstrou à sociedade o quão é estratégica a Petrobras para a economia e a soberania energética do país. Sob influência privada, como agora, o preço da gasolina é o maior do mundo.
A proposta de recomprar as ações da Petrobras, do senador Roberto Requião (MDB-PR), presidente da Frente Ampla em Defesa da Soberania, ganha relevância nesse quadro caótico de desabastecimento provocado pela apropriação privada do resultado do nosso petróleo.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.