Mandato de 8 anos para ministros do STF

A Folha dedicou um editorial para o STF que é uma graça. Acha que o maior problema na corte é a “divisão” no plenário e a quantidade de processos, sejam demandas de direitos ou mesmo de ações penais.

Vamos por parte como Jack, o Estripador.

O Supremo está mais unido do que nunca quando o assunto é golpe de Estado. Os ministros fecharam questão, por exemplo, sobre a prisão de Lula até as eleições. São eles que legislam neste país (antes era tarefa do Congresso). Essa divisão é para inglês ver, portanto.

Se há milhares de processos reclamando direitos, ora, nunca em 30 anos a Constituição Federal foi tanto estuprada — inclusive pelos próprios membros do STF que deram retaguarda à reforma trabalhista, à PEC 95 que congelou pelos próximos 20 anos os investimentos na saúde e na educação, a desvinculação da DRU, mantém preso político Lula mesmo sem provas, etc.

Quanto ao número de ações penais, a Folha faz-se de desentendida. A criminalização da política, principalmente pela mídia, é que abarrota o Supremo Tribunal Federal. Ela própria [a mídia] é a culpada pelo atual estado de coisas.

O espetáculo do combate à corrupção também é parte da “diversão” para que assuntos econômicos fundamentais — como a entrega do pré-sal e a privatização de empresas como Eletrobras e Petrobras — sejam deixados em último plano pela sociedade.

Economia

O editorial da Folha é um bom exemplo de mau-caratismo.

Mais do que reforma, que visaria ficar como está, os ministros do STF precisam de mandatos fixos de 8 anos. Chega de vitaliciedade nos privilégios. É preciso alternância até mesmo nas mamatas.