Golpe de Temer e PSDB jogou 27,7 milhões de pessoas na precarização e subocupação

O IBGE divulgou nesta quinta-feira (17) que existem atualmente no Brasil 27,7 milhões de trabalhadores precarizados e subocupados.  O diretor do Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz, afirma que o dado é alarmante porque mostra que a precarização do trabalho tende a crescer mais ainda.

Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) se referem ao primeiro trimestre de 2018 e a divulgação coincidiu com os dois anos de governo de Michel Temer e a propaganda de que o Brasil avançou na criação de empregos. Segundo Clemente, os empregos “criados” são, na verdade, os “bicos” e os informais. “Com a reforma trabalhista passaram a ser legais. As pessoas estão legalizadas em ocupações precárias e sem proteção”, explicou o diretor do Dieese.

A estatística mostra que a taxa de subutilização vem crescendo desde o primeiro trimestre de 2016, que registrou 20,7 milhões, passou para 26,5 milhões no primeiro trimestre do ano passado, e neste mesmo período de 2018, atingiu 27,7 milhões. Este último número é a maior taxa de subutilização desde o início da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, iniciada em 2012.