Golpe de Michel Temer se supera com 27,7 milhões de brasileiros desempregados

Quando divulgou o manifesto “Ponte para o Futuro”, a carta-compromisso do golpe que derrubou Dilma Rousseff, em 2016, Michel Temer propunha um “estoque de mão de obra” de 15 milhões de desempregados para conter os salários altos. Mas, segundo o IBGE, a meta praticamente foi dobrada em dois anos, pois a taxa de subutilização da força de trabalho no Brasil atingiu um nível recorde no primeiro trimestre de 2018, 27,7 milhões de trabalhadores.

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De acordo com o IBGE, a taxa de subutilização da mão de obra — ou o “estoque de mão de obra“, que é sinônimo de desemprego –corresponde a 24,7% da força de trabalho no país. Uma violência contra os trabalhadores que enfrentam um dos maiores níveis de desocupação do mundo.

São consideradas subutilizadas as pessoas que estão desempregadas, as disponíveis para trabalhar mais horas, mas não encontram essa possibilidade, as que gostariam de trabalhar, mas não procuraram emprego e as que procuraram, mas não estavam disponíveis para o trabalho.

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), que também informa que o contingente de desalentados é de 4,6 milhões de pessoas. No último trimestre de 2017, esse grupo somava 4,3 milhões de pessoas.

Desistência
A população desalentada é a que desistiu de procurar emprego e é definida como a que estava fora da força de trabalho por não conseguir um emprego adequado, não ter experiência ou qualificação, ser considerada muito jovem ou idosa, ou não haver trabalho na localidade em que reside.

Economia

A taxa de desalento atinge 4,1% da força de trabalho ampliada no Brasil e é mais intensa na Região Nordeste, com 9,7%. Em Alagoas, 17% da força de trabalho desistiram de procurar emprego e, no Maranhão, 13,3%. No Rio de Janeiro e em Santa Catarina, o desalento é de 0,8%.

Taxa de desemprego é de 13,1%
O IBGE já tinha divulgado em 27 de abril que a taxa de desemprego no primeiro trimestre de 2018. Ela subiu para 13,1%.

Se considerada cor ou raça da população, a taxa evidencia desigualdades. Enquanto o desemprego é de 10,5% entre os brancos, ele chega a 15,1% entre os pardos e 16% entre os pretos.

A população parda corresponde a 52,6% dos desempregados no Brasil, embora corresponda a 47,1% da população brasileira.

Os brancos, por sua vez, são 43,3% dos brasileiros e 35,2% dos desempregados. Já os pretos são 8,7% da população do país e 11,6% dos desempregados, segundo dados do IBGE.

Com informações da Agência Brasil

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