Banho frio em Curitiba

“Amor, posso te falar uma sacanagem no ouvido?”, perguntou hoje pela manhã a esposa. O marido assentiu, para então a mulher completar: “acabou o gás e o banho terá de ser frio”. O diálogo ocorreu em Curitiba, neste início de inverno, no contexto da greve dos caminhoneiros. Nem a burguesia, que tem acesso a chuveiro a gás, escapa das manifestações contra os aumentos abusivos da Petrobras.

A ordem os condomínios chiques na capital paranaense é que se economize gás, pois os caminhões não estão passando pelos bloqueios no entorno da Refinaria Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, região metropolitana de Curitiba.

Além de dificultar a chegada do gás a granel aos luxuosos prédios, o gás de cozinha (Gás Liquefeito de Petróleo — GLP) também começa a faltar nos lares curitibanos.

Falta de cerveja, leite, papel higiênico nos supermercados; falta de gasolina nos postos.

A interrupção de voos nos aeroportos é outro efeito colateral da paralisação dos caminhoneiros que entrou nesta sexta (25) no quinto dia.

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