Mídia mais perdida que charuto na boca de banguela nas vésperas de 2018

As três revistas brasileiras — Veja, Época e IstoÉ — que sintetizam o pensamento do consórcio golpista mostram em suas capas, desta semana, que estão mais perdidas que charuto na boca de banguela nas vésperas das eleições presidenciais.

Veja, por exemplo, praticamente entrega de bandeja o senador Aécio Neves (PSDB-MG) que há pouco tempo atrás estampava como salvação do Brasil e o estimulava para dar o golpe contra Dilma Rousseff (PT). Segundo a publicação da Editora Abril, o tucano vai afetar negativamente a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) na disputa presidencial deste ano.

O encarte Época preferiu de fake news nas redes sociais, especialidade dela e da Globo. Uma das principais vítimas das notícias falsas é a presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, que a “reportagem” sequer menciona. Vide esta semana a entrevista que a porta-voz do ex-presidente Lula concedeu à TV Al Jazeera, mas a “Lorotolândia” que a revista traz na capa não menciona.

Já a IstoÉ abandona Alckmin e transforma o amor que tinha por Michel Temer como amor de praia, que não sobe serra. Apresenta o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa como um “fator” nas eleições de outubro. “Ele é visto como o candidato que moralizará o País”, frisa a revista.

Como se vê, caro leitor, a mídia está mais perdida que charuto na boca de banguela. Por isso a candidatura de Lula, mesmo preso, é fundamental para manter unido o exército não só da esquerda, mas o sentimento de oposição a tudo que aí está.