Em Lisboa, Boulos faz denúncia da prisão política de Lula

O Teatro Capitólio, no centro de Lisboa, ficou lotado nesta noite de quinta-feira (12) para assistir a sessão pública “Em Defesa da Democracia Brasileira”, que contou com a participação do pré-candidato do PSOL à presidência da República, Guilherme Boulos, do ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, de Cristina Narbona, presidente do PSOE, de Pablo Iglesias, secretário-geral do Podemos, de Ana Catarina Mendes, secretária-geral adjunta do Partido Socialista Português (PSP) e da deputada Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda de Portugal.

O líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Guilherme Boulos, caracterizou a atual situação política do Brasil como grave. “Quem achar que isso para no Lula não está entendendo a gravidade do processo que está acontecendo no Brasil. Estamos vivendo a maior crise democrática desde o fim da ditadura no Brasil. O Lula está preso por razões políticas, condenado sem nenhuma prova. Isso tem de ser denunciado”, afirmou.

O líder do MTST também fez duras críticas ao juiz federal Sergio Moro. “Se o juiz Sergio Moro quisesse, dentro da democracia, ser político, que fosse candidato a vereador em Curitiba. E não usasse da sua toga para interferir na democracia brasileira. Que resolvesse ser candidato a presidente da República e encarasse o debate democrático com o povo brasileiro. E não usasse sua condição de juiz para decidir quem participa e quem não participa do processo democrático. O Lula não está acima da lei, mas também não pode estar abaixo dela”, provocou.

Boulos conclamou a todos para impulsionar uma ampla campanha internacional de defesa de Lula e da democracia no Brasil. Ele terá nos próximos dias encontros em Londres e Paris para discutir a situação da democracia no Brasil.

O evento foi organizado pela Fundação José Saramago de Lisboa. A pré-candidata do PCdoB, Manuela D’Ávila, cancelou a viagem para Portugal devido ao falecimento de um familiar.

Economia

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