Veja por que a execução de vereadora detona intervenção de Temer no Rio de Janeiro

A execução da vereadora Marielle Franco (PSOL), na quarta (14), detonou a intervenção de Michel Temer no Rio de Janeiro. Ela era contra a presença de militares nas favelas para combater drogas porque, denunciava ela, trata-se de uma ação contra pobres e negros das periferias cariocas.

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O assassinato da vereadora negra, mãe, nascida na favela e de esquerda, levou milhares às ruas nesta quinta (15) no Rio e noutras capitais brasileiras.

Marielle era relatora de uma comissão da Câmara dos Vereadores do Rio criada para fiscalizar os excessos da intervenção de Temer.

Por outro lado, a intervenção na segurança pública do Rio era uma bandeira política de Temer para tentar a “reeleição” na disputa presidencial de outubro.

Agora o interventor federal o general Walter Souza Braga Netto, chefe do Comando Militar do Leste, corre atrás do “prejuízo” político ocorrido com a execução.

Economia

A “bolsonarização” da segurança, portanto, transformou o Rio numa nova “Guerra das Malvinas” como previra o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).

O advogado Clóvis Costa, de Curitiba, explica por quê da grande comoção e repercussão: nos últimos 35 anos, pelo menos, não houve a suspeita de execução de nenhum governador, senador, deputado federal, estadual ou vereador de capitais, por questões relacionadas ao exercício do mandato.

“Os casos de Olavo Pires e Ceci Cunha não tiveram relação com o exercício da atividade parlamentar, assim como o caso do vereador João Monteiro de Castro (Rio) e do governador Edmundo Pinto”, afirmou o advogado.

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