A OAB foi rápida no gatilho ao criticar a ação de 800 mulheres que hoje (8) ocuparam, no Rio, o parque gráfico do jornal O Globo. Mas a entidade não tem a mesma agilidade na defesa do Estado Democrático de Direito, em conformidade com o art. 44 do Estatuto da Advocacia. A nota emitida pela Ordem revelou sua posição nesta guerra pela prisão ou não do ex-presidente Lula.
A OAB saiu da toca para repetir a pauta da Globo e criminalizar diversos movimentos populares que protestaram contra a participação da empresa dos Marinho nos golpes de 1964 e 2016. Mais uma vez, a entidade se perfila com os golpistas de plantão.
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Ao condenar a ocupação d’O Globo, em nota, a OAB jura que é “intransigente” na defesa da Constituição da República. Claro, quando isto beneficia o golpe que ajudou a dar em 2016.
“Somos intransigentes na defesa da Constituição da República, que é clara ao delimitar que os direitos não se sobrepõem uns aos outros. Todos os direitos e garantias são fundamentais para a manutenção e o aprimoramento do Estado Democrático de Direito, inclusive o direito à integridade física e à propriedade privada. Defendemos a liberdade de expressão e de manifestação, sendo elas pacíficas”, escreveu Claudio Lamachia, presidente da OAB.
Resumo da ópera: é preciso refundar a OAB.
Assista ao vídeo da ocupação:
? CONFIRA O VÍDEO!
? ✊? "Globo quer dar golpe na eleição, as mulheres organizam a reação!”
800 mulheres de movimentos populares ocuparam o parque gráfico do @JornalOGlobo, no Rio de Janeiro, contra o golpismo.#MulheresSemTerra #FeminismoCampesinoYPopular #8Marzo pic.twitter.com/MKe5iuPoqQ
— MST Oficial (@MST_Oficial) 8 de março de 2018
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.