Em editorial, o Estadão botou a mão no fogo por Michel Temer e pelas Forças Armadas ao desqualificar a tese da “militarização da política” ou, em outras palavras, a “bolsonarização da política” com a intervenção federal no Rio de Janeiro.
LEIA TAMBÉM
José Simão: “O Temer roubou os bandidos do Bolsonaro”
“A tese de que o País está a testemunhar a volta da ditadura militar em câmera lenta, com a anuência ou mesmo cumplicidade do presidente da República, não deveria prosperar nem mesmo em assembleias estudantis e em reuniões de militantes partidários que veem golpistas em todo canto”, escreve o jornalão paulistano.
A opinião do Estadão, no entanto, não é uma verdade absoluta ou imutável. Pelo contrário. O Estadão faz parte do consórcio jurídico-midiático-financeiro golpista que em 2016 derrubou a presidenta eleita Dilma Rousseff.
No início da intervenção no Rio, também em editorial, o jornalão paulistano denunciou o clima de comício na medida e dizia que não havia razão objetiva que justificasse a intervenção federal.
Transcorridas pouco mais de duas semanas, ao que parece, o Estadão resolveu queimar a mão apoiando a “ditabranda” de Michel Temer.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
Comments are closed.