Cuba elege neste domingo (11) os deputados que farão parte da futura Assembleia Nacional, o parlamento unicameral da nação caribenha. Trata-se da primeira eleição que aponta para uma mudança no comando do país, com o fim do mandato de Raúl Castro, um dos líderes históricos da revolução cubana.
Mais de 8 milhões de cubanos estão habilitados para participar do pleito que vai eleger os delegados de suas assembleias provinciais e os 605 deputados propostos para Assembleia Nacional. Os candidatos propostos podem, ou não, ser membros do Partido Comunista Cubano (PCC) e provêm tanto de eleições locais quanto de organizações sindicais, estudantis, comunitárias e científicas. Depois das eleições, o Parlamento aponta os 31 membros para o Conselho de Estado, órgão executivo de governo, que elegem, entre eles, o novo presidente.
O atual primeiro vice-presidente, o engenheiro Miguel Díaz-Canel, é o nome mais cotado para substituir Raúl Castro, o que vai significar uma mudança geracional na direção máxima do estado cubano.
A minúscula oposição interna defende o boicote às eleições, movimentos como “Cuba Decide” e “Outro18” tentaram apresentar candidatos em listas próprias, que foram rechaçadas nas assembleias de base realizadas em circunscrições eleitorais por todo o país.
