Ódio na mídia gera morte de macacos e tentativa de homicídio contra venezuelanos

A irresponsabilidade da mídia brasileira pode ser medida pela quantidade de macacos mortos a pauladas, acusados injustamente de transmitir a febre amarela, e pela tentativa de homicídio de venezuelanos no estado de Roraima.

Fruto do ostensivo pânico espalhado pelos jornalões, sobre o mosquito transmissor da doença, há relatos de animais caçados e mortos a pauladas, envenenados, apedrejados, enfim, martirizados pela má informação potencializada pelo ambiente de ódio.

Por trás deste pânico orquestrado tem bilionários interesses de laboratórios farmacêuticos de olho na venda em regime de urgência, sem licitação, de milhões de doses de vacina.

Na parte Norte do Brasil, um homem atirou uma bomba incendiária contra residência em que viviam 31 venezuelanos que imigraram para Boa Vista, a capital do estado de Roraima. Ao menos quatro pessoas se feriram, dentre as quais uma criança de apenas 3 anos.

Emissoras de rádio, televisão, portais de jornais e redes sociais alimentaram nos últimos dias uma campanha de xenofobia sem precedentes no país contra a presença de até 40 mil imigrantes venezuelanos na capital roraimense.

O coordenador do curso de Relações Internacionais da Universidade Federal de Roraima (UFRR), João Carlos Jarochinski Silva, afirma que os imigrantes venezuelanos se tornaram bode expiatório das elites políticas de Roraima, que passaram a usar uma argumentação xenofóbica para tentar justificar a precariedade da saúde e da segurança locais.

Economia

A deputada federal Shéridan (PSDB-RR) é uma dessas pessoas que utiliza a migração de venezuelanos para fazer trampolim eleitoral: “A crise política que a Venezuela enfrenta tem acarretado grandes consequências sociais e econômicas para Roraima, que sozinho não pode responder por essa situação muito triste”, destila.

Com informações da CartaCapital

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