A incrível pressa pela punição de Lula e a providencial demora favorável a Jucá

A ação penal contra o senador Romero Jucá (MDB-RR) ficou incríveis 14 anos sem movimentação no Supremo. Por esse motivo prescreveu, qual seja, o Estado perdeu o direito de puni-lo. A mesma sorte não teve o ex-presidente Lula, cuja pressas dos juízes na tramitação de seu processo faz inveja ao super-herói “The Flash”.

O juiz Sérgio Moro, na primeira instância, condenou o petista a 9 anos e meio de prisão no caso tríplex — embora o imóvel esteja registrado no nome da OAS e o magistrado da lava jato não tenha apresentado nenhuma prova de que o apartamento pertence a Lula.

Nunca é demais lembrar que a denúncia do Ministério Público acerca do tríplex foi aceita por Moro em setembro de 2016, portanto, o caminho para a primeira condenação do ex-presidente durou menos de um ano (10 meses).

Ato contínuo, seis meses depois, o TRF4, tribunal de segunda instância, ampliou para 12 anos e um mês a pena ao ex-presidente da República. Para obter essa velocidade no julgamento, porém, a corte teve de furar a fila de 257 processos que estavam na frente do caso tríplex.

A condenação “The Flash” do ex-presidente Lula, na primeira e segunda instâncias, se deu em apenas 1 ano e 4 meses. Ou seja, nunca antes na história deste país alguém tinha sido julgado e condenado com tanta rapidez (que até o santo desconfia).

Jucá — sortudo e especialista em estancar sangrias — teve melhor sorte que Lula. O Estado não mostrou interesse em persegui-lo judicialmente nos últimos 14 anos. Ontem (5), o ministro do STF Marco Aurélio Mello arquivo a denúncia de peculato (recebimento de propina).

Economia

O arquivamento da denúncia contra Jucá, depois de 14 anos, e a supervelocidade para condenar Lula são provas incontestáveis de que o judiciário brasileiro é seletivo e de classe, que age contra preto, pobre, puta e petista.

Aí tem treta“, desconfiam Lula e o PT.

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