O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), deputado Ademar Traiano (PSDB), vem trabalhando nos bastidores para ser o governador interino do Paraná. No entanto, são dois os principais obstáculos que o impedem. Um de natureza política e outro criminal.
A engenharia do tucano é a seguinte: com a renúncia do governador Beto Richa (PSDB), ao invés de assumir a vice, Cida Borghetti (PP), ela iria para o Tribunal de Contas, e daí sobrava a boquinha para o próprio Traiano na linha sucessória.
Com essa combinação de resultados, o caminho ficaria aberto para uma composição de chapa Ratinho Junior (PSD) disputando o governo, o chefe da Casa Civil Valdir Rossoni (PSDB) tomaria a vice, Beto e Ricardo Barros (PP) concorreriam ao Senado.
Segundo um deputado ligado ao partido de Kassab, Carlos Ratinho Massa Júnior teria prometido uma secretaria de destaque para que Traiano articulasse a chapa.
O diabo é que o presidente da Alep e o próprio Ratinho esqueceram de combinar a jogada com os “russos”, ou seja, a vice e o marido dela, Ricardo Barros, além dos deputados do “baixo clero” que não querem mais saber do Traiano e da turma envolvida nas denúncias de corrupção no governo Richa — leia-se “Operação Quadro Negro”.