Michel Temer diz não querer sair da Presidência com a pecha de ladrão

Michel Temer disse à Folha que não vai concluir seu mandato com a pecha de um “sujeito que incorreu em falcatruas”. Ele falou da demissão de quatro vice-presidentes da Caixa Econômica Federal — por imposição do Ministério Público Federal — todos eles investigados no âmbito da operação Greenfield.

Temer não queria desligar os 4 vices porque eles eram indicações políticas do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ), Geddel Vieira Lima (MDB-BA) e dele próprio — segundo as investigações. Se não fosse enquadrado pelo MPF, muito provavelmente foi alertado de que ficaria com a pecha de ladrão.

A operação da PF suscitou ataques à Caixa na mesma magnitude que a Petrobras recebeu da mídia. O objetivo do bombardeio era tirar os “políticos” do banco público e, consequentemente, diminuir a atuação no financiamento de projetos de infraestruturas e moradias populares, a exemplo do Minha Casa Minha Vida. A intenção é deixar esse bilionário filão para os bancos privados, etc.

Ato contínuo, a toque de caixa, foi modificado o estatuto do banco público para proibir políticos e sindicalistas de ocuparem posições na diretoria. Uma medida que à primeira vista parece “bacana”, mas mortalmente danosa para as políticas públicas.

Os técnicos serão burocratas comandados pela velha mídia, que tem interesses econômicos e políticos diferentes do povo brasileiro. A Caixa ficou refém de um esquema criminoso comandado pelo sistema financeiro privado e pela mídia.

Portanto, além de transformar o Palácio do Planalto em porta de cadeia e ficar com a pecha de ladrão, Michel Temer ainda sairá da Presidência da República com a fama de o mais fraco de todos os presidentes da História.

Economia

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