O colunista Milton Alves conta que foram ouvidos “cantos” e “gritos” espontâneos de apoio ao ex-presidente Lula, nesta terça (30), em Salvador (BA), nas filas de registro biométrico do Tribunal Regional Eleitoral. Para ele, essas manifestações dão um xeque-mate no establishment político que não sabem o que fazer com o petista.
Lula, o que establishment fará com ele?
Por Milton Alves*
No dia de ontem, terça-feira (30), nas filas de registro biométrico do TRE em Salvador (BA), de forma espontânea, foram registrados cantos e gritos de apoio ao ex-presidente Lula.
Maior líder político vivo do país, o ex-presidente é alvo de intensa perseguição judicial, um processo que diz muito sobre a natureza classista das nossas instituições. O empoderado, no mal sentido, Poder Judiciário é hoje, de fato, o “poder moderador” da República – no vácuo da desmoralização e falência da atual modelagem política. Sacudido, desde 2014, por intensa polarização política, aprofundado por um golpe parlamentar-midiático de uma presidente legítima, o pacto policlassista e de democracia limitada costurado pela Constituição de 1988 esfarelou-se.
A saída política e institucional da crise exige a presença de todos atores e forças políticas com representação e respaldo na cidadania. Neste sentido, é uma temeridade para a saúde da nossa ainda frágil democracia, a proscrição política de Lula e a demonização do Partido dos Trabalhadores – PT.
As pesquisas eleitorais favoráveis e a vitalidade demonstrada por Lula e o PT são ativos de anos de lutas políticas e sociais e da construção de uma consciência em diversas camadas da população da necessidade de mudanças estruturais na sociedade – que ostenta uma indecente desigualdade social. Reformas que os governos do PT não foram capazes de realizar e que também enfrentaram encarniçada resistência de setores do establishment mais conservador.
A saída é política
O país, mergulhado numa abismal crise econômica e social, com um governo que carece de legitimidade interna e externa, vive a expectativa do desfecho da situação do seu mais popular personagem político, no momento com ameaça até de encarceramento.
A entrevista da presidente da corte suprema, ministra Carmem Lúcia, ontem no JN da Globo, sobre a possibilidade da decretação da prisão depois de condenação em segunda instância (debate em curso no pleno do STF), foi uma demonstração ao mesmo tempo de arrogância e fraqueza, um perigo adicional para o momento em que atravessamos. Suas palavras tíbias e vagas diante de um ameaçador microfone global, mostraram em cadeia nacional o quanto de improviso e desrespeito à Constituição é feita as decisões daquela corte. A mulher, só é a presidente do STF, e não foi capaz de defender a Constituição e a sua integridade soberana na entrevista. Ela, sim, se apequenou, ao não defender as prerrogativas da própria corte em debater a pauta necessária e urgente. É por isso que vicejaram nos últimos anos “justiceiros” como os Moro, os Bretas, jagunços de toga, contumazes violadores do Estado de Direito.
O jogo está sendo jogado, o andar de cima dividido quanto ao caminho, mas unido na agenda regressiva de devastação social e do estado, opera a busca de um candidato para manter o atual estado de coisas.
No campo popular, hegemonizado pela figura de Lula, pairam dúvidas e desconfianças sobre os próximos passos – a resistência ao cerco remete a imagem do “gato acuado”, que luta com todas as garras para se livrar da ameaça iminente. A palavra de ordem petista que “eleição sem Lula é fraude” ganhou eco na sociedade brasileira e fora do país.
Resta saber, o que fará o establishment com Lula; no desfecho das crises e dos impasses as vezes é necessário “combinar com os russos”.
*Milton Alves é ativista social em Curitiba. Graduado em Gestão Pública pela UFPR e editor do blog Milton Com Política
1 de Fevereiro de 2018 em 03:16
GIULLIA VOCE NAO ESTA NA VENEZUELA E NEM NOS EUA QUE E O RUIM E O MELHOR MAS PARA ATINGIRMOS O MELHOR TEMOS QUE TER POLITICOS QUE OLHEM PARA O POVO DE UMA MANEIRA COM IGUALDADE PARA TODOS NAO FOCANDO SOMENTE A CLASSE ALTA E A MELHOR OPCAO PARA ISSO ACONTECER E TERMOS O LULA NOVAMENTE NA PRESIDENCIA OU O SEU INDICADO CASO ELE NAO POSSA CONCORRER…
31 de Janeiro de 2018 em 22:28
Eu te entendo… mas são 12 anos. Lula perdeu. Brasil ganhou! Agora é tirar maduro do poder, que se concluirá entre 2019 e 2020. Bem vindos à era dos EUA!
31 de Janeiro de 2018 em 14:29
LULA PARA POR A CASA EM ORDEM EM 2018. CHEGA DO TRABALHADOR SOFRER…..
31 de Janeiro de 2018 em 13:40
PT é o maior Partido da AL e LULA o grande LÍDER do Continente:#LULALÁJÁ!!
1 de Fevereiro de 2018 em 14:32
Leva pra casa, então, eu não quero ele…
31 de Janeiro de 2018 em 13:03
O colunista Milton Alves conta que foram ouvidos “cantos” e “gritos” espontâneos de apoio ao ex-presidente Lula, nesta terça (30), em Salvador (BA)…
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Tá bom. Depois do post em que você diz que Zanin deu goleada ontem, no STJ, ao ter negado o HC de Lula, tudo o mais que escrever vira motivos de gargalhadas.
Acha que não rolou um cinquentinha para algumas pessoas, putas da vida com a imensa fila, para cantos “espontâneos” a Lula??
E tem petista que vai acreditar.
31 de Janeiro de 2018 em 16:39
É difícil aceitar a derrota
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31 de Janeiro de 2018 em 12:06
Vamos votar no PT de cabo a rabo! Lula Presidente!
31 de Janeiro de 2018 em 12:54
PT já era, aquele fenômeno eleitoral que elegia deputados senadores e presidentes já foi, vocês estão desprendidos da realidade, e preso em uma bolha social, achando que estão a revelia da sociedade, que tem algum tipo de influência já esvaziada devido a situação, haja visto as eleições de 2016 em cidades onde o PT foi defenestrado, a sigla terá mais dificuldade ainda agora em 2018 para manter uma base no congresso, a risco a dizer que 2018 é a morte do PT dentro do cenário político, obviamente o movimento continuará.
31 de Janeiro de 2018 em 15:39
“fenômeno eleitoral” leia-se caixa 2.
31 de Janeiro de 2018 em 13:03
Por enquanto, você e Lula é que estão tomando no rabo.
HUAHUAHUAHUAHUA
31 de Janeiro de 2018 em 13:35
e vcs tbm seu bolsonaro não sai do lugar não vai nem pro 2 turno
2 de Fevereiro de 2018 em 23:21
Epa! Pegou pesado, hein? Acabou os argumentos? O pessoal da direita não sabe debater mesmo por isso chegam ao poder só através de golpe. N
1 de Fevereiro de 2018 em 14:33
Isso, vamos exponenciar as eleições de 2016…