Há [ainda] quem acredite que o Supremo vai rever a condenação de Lula

Sonhar não custa caro. Há ainda quem acredite que o Supremo Tribunal Federal — a ultima ratio ou “última razão” — possa rever a vergonhosa decisão do TRF4, que, por unanimidade, ampliou a pena para 12 anos e um mês de prisão ao ex-presidente Lula. O diabo é que o STF é parte da fraude que tirou Dilma Rousseff, em 2016, e agora liquida a democracia e a candidatura de Lula.

O STF é uma entidade tão corporativa quanto o TRF4. O ministro Gilmar Mendes é uma rara exceção — para desespero de “mortadelas” e “coxinhas” – que conjunturalmente não se curva à Globo e à cantilena do combate à corrupção.

O que pode haver — e já está havendo — são tratativas no sentido de o Supremo rever a prisão na segunda instância. Esta flexibilização poderia livrar Lula da cadeia, mas, como se trata de um tribunal político, o petista teria de entregar “algo” em troca. Provavelmente pedirá que o ex-presidente vá cuidar dos netos e deixe de disputar eleições.

Dito isto, é mais fácil o Saci Pererê cruzar as pernas do que o STF cassar a decisão do TRF4 declarando-a nula. Se tomar esta atitude, além de desautorizar e desmoralizar os juízes da segunda instância, a corte máxima ainda entraria num processo de interrupção da segunda etapa do golpe.

O Supremo é parte do golpe que tirou Dilma e que agora quer tirar Lula das urnas. Por isso é mais crível um “acordão” para livrar o ex-presidente da prisão do que anular a decisão dos três desembargadores do TRF4.

Agora a pergunta que vale um milhão de dólares: se excluir Lula e o PT do páreo, os juízes pretendem governar o país ao lado dos “probos” tucanos Aécio Neves, Geraldo Alckmin, José Serra, Beto Richa et caterva?

Economia

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