Fux manda Quadro Negro seguir em frente, para horror de Beto Richa

O ministro do STF Luiz Fux mandou seguir em frente as investigações da Operação Quadro Negro, que investiga milionário desvio de recursos da construção de escolas o Paraná — o Tucanistão, segundo o senador Roberto Requião (MDB). A novidade é que o processo foi desmembrado entre os agentes que não têm foro privilegiado e os que têm.

Segundo o jornalista Celso Nascimento, no site Contraponto, toda a investigação e julgamento dos réus deve prosseguir normalmente em Curitiba, na primeira instância, sob a responsabilidade da juíza Danielle Mota Comar, da 9.ª Vara Criminal. “Cada vez, porém, que o nome de algum agente público detentor de foro especial no Supremo for citado, haverá o devido desmembramento da ação”, explica.

Em setembro de 2016, a magistrada encaminhou o processo à Justiça Federal do Paraná. Como as denúncias e delações atingem agentes com foro privilegiado — o governador Beto Richa, o chefe da Casa Civil Valdir Rossoni e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Durval Amaral — a bronca da Quadro Negro caiu no STF sob a relatoria de Fux.

De acordo com o empreiteiro Eduardo Lopes, dono da Construtora Valor, cuja delação foi homologada pelo ministro Fux, foram simuladas construção de escolas para desviar recursos da educação visando abastecer campanhas eleitorais no Paraná. Segundo ele, Beto Richa dava o “ok” para os desfalques. O Ministério Público estima em R$ 20 milhões os valores surrupiados do erário.

O Blog do Esmael registrou em primeira mão, no início de junho de 2015, o escândalo e a consequente queda da cúpula da Educação do Paraná na época.

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