Temer libera privatização da Eletrobras, mesmo com 70% da população contrária

O privilegiado Michel Temer [ele se aposentou aos 55 anos com salário mensal de R$ 30 mil] torceu o nariz para a opinião pública e baixou uma medida provisória liberando a privatização da Eletrobras e suas subsidiárias. Segundo o Datafolha, 70% dos brasileiros são contrários à venda de empresas públicas.

Temer levantou a proibição prevista na lei 10848/2004, que trata da comercialização de energia elétrica no país.

A MP, que foi publicada neste sábado (30) no Diário Oficial da União, retira da lei do setor elétrico o artigo que excluía a Eletrobras e suas controladas – (Furnas, Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), Eletronorte, Eletrosul e a Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE) – do Programa Nacional de Desestatização.

Sancionada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a lei 10848/2004 tirou a Eletrobras do programa de privatização criado por seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso.

Esta é a terceira medida provisória editada por Temer para abrir caminho para a venda da Eletrobras. Em junho de 2016, o presidente editou a MP 735, aprovada pelo Congresso e convertida na Lei 13360/16, que facilita a transferência do controle de ativos e as privatizações de distribuidoras da Eletrobras.

Em agosto deste ano, o governo anunciou a intenção de privatizar a estatal, responsável por um terço da geração de energia no país. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, o valor patrimonial da Eletrobras é de R$ 46,2 bilhões e o total de ativos da empresa soma R$ 170,5 bilhões.

Economia

A MP assinada nesta quinta-feira também trata da contratação de energia para os sistemas que não estão interligados ao Sistema Interligado Nacional. Localizados em regiões de difícil acesso, como é o caso de algumas localidades da Região Norte, os sistemas isolados são abastecidos prioritariamente por usinas térmicas.

Com informações da Agência PT e EBC

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