Richa dá as costas para Ratinho Jr

A convenção estadual que conduziu Ratinho Jr à presidência do PSD, no último fim de semana, foi esvaziada e teve como “destaque” a ausência dos caciques do PSDB e do governador Beto Richa.

Somente o PSC, que já é do consórcio, e o PSDC, do democrata cristão Eymael prestigiaram o pré-lançamento de Ratinho Jr à disputa pelo Palácio Iguaçu.

A filiação do jogador de vôlei Giba, no PSD, com vistas à Câmara, foi uma tentativa de atenuar o desprestígio de Ratinho Jr junto ao tucanato e os palacianos.

O distanciamento entre Richa e seu ex-secretário do Desenvolvimento Urbano é tanto que Ratinho Jr não titubeou em apresentar o colega de parlamento, Ney Leprevost, como candidato do PSD ao Senado — contra Beto Richa, haja vista as posições anti-Richa do deputado na Assembleia Legislativa do Paraná.

“O Ney [Leprevost] está com cara de senador”, disse Ratinho Jr “oficializando” a separação entre ele e o governador tucano.

Esse distanciamento não é nenhuma novidade para o leitor do Blog do Esmael, conforme registro no início deste mês.

Economia

Richa deu as costas para Ratinho Jr porque na sua estratégia eleitoral não há espaço para amizade, mas sim para o pragmatismo eleitoral. Para o tucano, quanto mais candidatos disputarem o governo do estado melhor para ele. A pulverização de pretendentes ao Palácio Iguaçu significa, concomitantemente, a possibilidade de concorrer sozinho ao Senado.

Beto Richa sonha com candidatura única, a dele, para o Senado. Ele trabalha por uma “nomeação” tal qual ocorrera com Alvaro Dias em 2014.

Nessa linha de pulverizar os adversários em várias candidaturas ao governo do Paraná, até agora, se inscreveram na disputa Cida Borghetti (PP), Osmar Dias (PDT), Roberto Requião (PMDB) e Ratinho Jr, já nominado antes. A união de um com outro, em qualquer combinação possível, bagunçaria a estratégia eleitoral de Beto Richa. Por isso é fundamental para o governador aquela velha máxima “cada um por si e Deus para todos”.

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