Polícia Federal ‘volta a atacar’ na UFSC

A Polícia Federal, junto com a Controladoria-Geral da União e o Tribunal de Contas da União, cumpre nesta quinta-feira (7) 14 mandados de busca e apreensão e 6 mandados de condução coercitiva na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

A Operação Torre de Marfim, que apura aplicação irregular de verbas públicas federais destinadas a projetos de pesquisa desenvolvidos por Fundações de apoio à UFSC, ocorre 24 horas depois da invasão na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Em setembro passado, a mesma PF prendeu o então reitor da UFSC Luiz Carlos Cancellier de Olivo no âmbito da Operação Ouvidos Moucos. O professor não suportou as humilhações de uma acusação injusta, por isso cometeu suicídio explicado em carta.

A violência nessas operações no mundo acadêmico é encarada como ataques às universidades públicas federais, como fez questão de registrar nesta quarta-feira (6) o reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Ricardo Marcelo Fonseca, em artigo publicado no Blog do Esmael.

“O momento é de fato grave: enquanto deputados ou senadores filmados em flagrante delito por graves desvios são soltos pelos seus pares, reitores têm sua liberdade cassada”, protestou o reitor da UFPR cuja instituição também foi alvo de operação semelhante. “Um ano de ataques”, fez questão de registrar.

O senador Roberto Requião (PMDB-PR), relator da lei de abuso de autoridade, a Lei Cancellier, disse que a Polícia Federal precisa ser enquadrada para que não comenta essas violência contra a universidade pública e gratuita.

Economia

Em vídeo publicado na noite de ontem, Requião afirmou que a operação da PF “é um desafio, uma provocação” que visa desmoralizar as universidades públicas, fazer o povo crer que são um espaço de corrupção, com a intenção clara de privatizá-las.

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