Para barrar Lula e Requião, Gilmar Mendes propõe PEC do parlamentarismo

Não é só o PT que tem um plano B para as eleições de 2018. O judiciário e a mídia também têm o seu plano B, caso Lula vença a corrida presidencial do ano que vem, que é o parlamentarismo. Seria mais uma barreira de segurança para segurar os petistas, se eles ultrapassarem os obstáculos pré-eleitorais — dentre os quais o julgamento do TRF-4 no dia 24 de janeiro.

O blog Gazeta do Povo informa que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), protocolou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) no Senado que institui o sistema de semipresidencialismo no Brasil. Pelo texto, o país terá um presidente da República e ganha um primeiro-ministro.

Na verdade, o judiciário e a mídia querem um fantoche — um semipresidente — e, consequentemente, uma seminação, subordinados aos bancos (poder financeiro) e a eles [mídia e judiciário] que manteriam o poder político.

O plano B do PT, na eventualidade da inelegibilidade de Lula, é o senador Roberto Requião (PMDB-PR), que seria vice na chapa depois de uma “filiação democrática” no partido.

Já o plano B do consórcio jurídico-midiático é a reinstituição do parlamentarismo no país como forma de segurar a chapa Lula-Requião, pois ambos defendem a realização de referendo revogatório das medidas de Michel Temer — as quais foram acobertadas pelo judiciário — e a regulação da mídia.

O parlamentarismo de Gilmar Mendes, além de uma tentativa de barrar Lula e Requião, visa garantir o emprego de primeiro-ministro para Michel Temer, haja vista a maioria bandida que ele tem no Congresso Nacional.

Economia

Temer é ruim do voto. Não se elegeria à Presidência da República (ele tem zero de intenções de voto), mas garantiria uma vaga no parlamento. Na última vez que disputou a Câmara por São Paulo, em 2006, ele quase ficou de fora com 99.046 votos (0,476% do total). Elegeu-se por causa da distribuição das “sobras” de votos da coligação.

O novo regime proposto pelo ministro Gilmar Mendes teria validade a partir de 2019.

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