Michel Temer disse em sua cruzada pela reforma da previdência que quem combate [a proposta] tem que falar que é a favor da manutenção dos privilégios.
O peemedebista discursou na manhã desta sexta-feira (8) a representantes do setor da indústria química, em São Paulo, para quem pediu apoio para pressionar o Congresso Nacional no esforço de votação — e aprovação — da reforma da previdência.
Na última terça (5), Temer anunciou a centrais sindicais — UGT, Força Sindical, CSB e Nova Central –, que, faça chuva ou sol, a reforma da previdência será votada na semana que vem.
O governo Temer quer que o trabalhador contribua 40 anos a fim de obter o direito à aposentadoria integral, mas dá isenções fiscais de R$ 1 trilhão às petrolíferas que exploram as jazidas de óleo e gás no país. Uma das beneficiadas dessa patifaria é a Shell.
No encontro anual da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química), Temer reclamou do que seriam “inverdades” usadas para criticar a reforma da previdência, como a que sugere que o trabalhador do setor privado só poderá se aposentar aos 110 anos.
“Isso pega. Essa história de rede social é um horror, pega. Botam uma caveirinha andando, ‘acabei de me aposentar’, como se ela tivesse morrido”, reconheceu Temer.
Michel Temer confirmou que votação da reforma da previdência ocorrerá antes do recesso parlamentar, portanto, a sinalização significará que haverá greve geral por parte das centrais sindicais.
“Tudo bem” quem queira criticar a reforma previdenciária, “mas quem combate tem que falar que é a favor da manutenção dos privilégios”.
Nunca é demais recordar que Michel Temer foi privilegiado com aposentadoria de R$ 30 mil aos 55 anos de idade.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.