Desembargador do TRF-4 prepara “tapetão” para início da “batalha final” contra Lula

Na semana passada, o procurador Deltan Dallagnol deu a letra ao propor “batalha final” em 2018 contra o ex-presidente Lula. Nesta segunda-feira (4) veio à tona que o “tapetão” já foi confeccionado pelo TRF-4.

A velha mídia golpista iniciou movimento para pressionar o TRF-4 a julgar recurso de Lula no primeiro semestre de 2018, ano de eleições presidenciais, registrado ontem (3) aqui no Blog do Esmael.

O objetivo da velhaca é tirar o petista do páreo para abrir alas ao seu candidato, Geraldo Alckmin (PSDB), num simulacro de disputa com Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Seria uma escolha entre do “menos pior” com ares democráticos.

Pois bem, o desembargador João Pedro Gebran Neto, relator do recurso de Lula no TRF-4, já concluiu em tempo recorde o voto sobre o caso.

Trata-se de um recurso em que Lula recorreu da condenação imposta pelo juiz Sérgio Moro, a 9 anos e meio de prisão, em julho passado, acerca do tríplex que a lava jato atribui ao presidenciável.

O diabo é que o julgador do TRF-4, em livro, manifestou amizade com o magistrado de primeira instância.

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Numa obra de 2008, Gebran escreveu sobre o juiz de Curitiba: “Desde minhas primeiras aulas no curso de mestrado encontrei no colega Sérgio Moro, também juiz federal, um amigo. Homem culto e perspicaz, emprestou sua inteligência aos mais importantes debates travados em sala de aula. Nossa afinidade e amizade só fizeram crescer nesse período”.

Dito isto, chama a atenção da pressa do TRF-4 para confirmar a condenação do petista.

Os julgamentos no TRF-4 costumam demorar mais de um ano, mas, no caso Lula, cujo ânimo é “outro”, o voto ficou pronto em apenas três meses.

O recurso de Lula chegou ao TRF-4 no dia 23 de agosto deste ano. A última movimentação foi às 14h16 da última sexta-feira (1º), quando Gebran enviou o processo ao gabinete do desembargador-revisor Leandro Paulsen.

Resumo da ópera: nunca antes na história desse país houve tanta sede de vingança e vontade de tirar um adversário de urnas, pelo tapetão, como agora contra Lula.

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