MPF e PF continuam mais calados que ‘poeta da bola’ no caso Globo

O Ministério Público Federal continua mais calado que ‘poeta da bola’ no caso das propinas pagas pela Globo para obter direito de transmissão de campeonatos da Fifa, segundo delações premiadas nos EUA.

Até agora, a Polícia Federal e MPF, sempre proativos contra o PT e Lula, continuam silentes, como poetas, tal qual sugeriu certa feita o artilheiro Romário que permanecesse o Rei Pelé.

Nas redes sociais e nos portais de notícia, a omissão do MPF e da PF chama a atenção dos mais experientes jornalistas do país.

Tereza Cruvinel, no Brasil 247, por exemplo, tem uma explicação para a mudez dos “homens da lei”:

“Ao longo da Operação Lava Jato, tornou-se evidente a existência de uma aliança entre o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e a mídia, que fez a sua parte com uma cobertura espetaculosa, desprezando a presunção da inocência dos investigados e executando a divulgação seletiva das delações premiadas vazadas por procuradores ou delegados federais.”

O jornalista Luís Nassif é outro que também cobra um posicionamento do MPF. Pelo Twitter, ele questiona:

“O MPF ousará pedir prisão preventiva para executivos da Globo? Vai ser pedagógico avaliar o espírito anticorrupção tendo que enfrentar um leão.”

O ácido jornalista Paulo Henrique Amorim, o PHA, sem papas na língua, acusa no seu Conversa Afiada a Globo de ter criado o “mercado futuro” da propina ao relatar que a emissora obteve o direito de transmissão nas Copas de 2026 e 2030.

Economia

Ao fingir que nada viram sobre a corrupção da Globo, o capital político dessas forças-tarefas da vida — que o MPF e PF imaginam possuir — se esvairá com muita rapidez.

Ou o filme “Polícia Federal – A Lei é Para Todos” é prova material da enganação e a lei efetivamente é para apenas alguns poucos?

Evidentemente que a lei não é para todos. E nesses tempos bicudos, então, é apenas um instrumento para a disputa do poder.

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