Muito se disse e muito se escreveu sobre o “perdão” concedido aos golpistas pelo ex-presidente Lula. Na prática, o gesto é como se fosse uma nova ‘carta ao povo brasileiro’ nas vésperas das eleições de 2018.
Na primeira eleição do petista, em 2002, ele divulgou a ‘carta ao povo brasileiro’ na qual se comprometia com a estabilidade econômica do país, ou seja, se comprometeu a manter os mesmos fundamentos até então vigentes, sem ruptura com o status quo. Na época, Henrique Meirelles foi o fiador desse entendimento assumindo a presidência do Banco Central.
Agora, nas vésperas de 2018, Lula novamente se antecipa à movimentação dos adversários ao propor um “pacto” com os golpistas que detonaram a democracia para derrubar a presidenta eleita Dilma Rousseff.
Do ponto de vista eleitoral, Lula está corretíssimo. Pelo prisma da Nação, entretanto, é um acordo ruim porque dificulta a realização de um plebiscito revogatório das patifarias no governo Michel Temer. Também criar-se-ia empecilhos para reaver o petróleo brasileiro recém-leiloado na “bacia das almas”.
Nesse contexto — de dar a outra face –, Meirelles também se habilita a ser vice na chapa de Lula nas eleições do ano que vem.
Comments are closed.