Os procuradores da República assumiram a essência partidarizada da operação lava jato, nesta segunda-feira (27), ao lançarem uma carta na qual defendem uma ‘batalha final’ nas eleições de 2018.
O procurador Deltan Dallagnol, de Curitiba, afirmou que 2018 é a batalha final da Lava Jato.
“Dizemos que 2018 é a batalha final da lava jato. Não que ela tenha data para acabar, mas que ela depende do resultado das eleições para continuar. É importante que sejam eleitos candidatos com o passado limpo e identificados com a agenda anticorrupção”, declarou.
“Se a luta contra a corrupção depende essencialmente do Congresso, é preciso que a sociedade continue atenta aos movimentos dos atuais parlamentares, manifestando-se contra qualquer tentativa de dificultar ou impedir as investigações criminais de pessoas poderosas. Por fim, é crucial que, em 2018, cada eleitor escolha cuidadosamente, dentre os diversos setores de nossa sociedade, apenas deputados e senadores com passado limpo, comprometidos com os valores democráticos e republicanos e que apoiem efetivamente a agenda anticorrupção. Olhando o passado, não podemos descuidar do futuro”, afirmam os procuradores num documento redigido no Rio de Janeiro.
O mundo político reagiu às pretensões políticas da força-tarefa no ano que vem.
“A declaração de que ‘a batalha final será em 2018’, confirma que muitas investigações são políticas, sem provas, com delações encomendadas e objetivos pré-determinados. Daí os arquivamentos”, tuitou o senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
Além de assumir a partidarização, a ‘batalha final’ proposta pela lava jato tem um “quê” de cruzada religiosa contra os políticos do PT e contra Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições do ano que vem.
O alvo principal é Lula, portanto.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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