Governo Richa planeja despejo de sem terra no Paraná; vai dar merda, Beto

O governador Beto Richa (PSDB) prometeu em audiência com o Bispo, no último dia 6, não despejar moradores do assentamento do MST Irmã Dorothy, no município de Barbosa Ferraz, região Noroeste do Paraná. O diabo é que bastou o Santo Padre virar as costas para que o capitão-do-mato do governo, o chefe da Casa Civil Valdir Rossoni (PSDB), começasse a trabalhar pelo uso da força da Polícia Militar contra os acampados. Há previsão de que isso ocorra já nesta terça-feira (21).

Além do Bispo de Curitiba Dom José Antônio Peruzzo, participaram da audiência com Richa no início deste mês o procurador de Justiça Olympio de Sá Sotto Maior, o secretário de Assuntos Fundiários do Governo do Paraná Hamilton Serighelli, a coordenação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e representante da arquidiocese de Campo Mourão.

O governador Beto Richa assumiu o compromisso público de não autorizar o despejo da Fazenda São Paulo enquanto tramitar o pedido de regularização das famílias na Justiça Federal de Campo Mourão. Entretanto, agindo como Rasputin, Rossoni dá a contraordem para usar a violência no despejo arquitetado para amanhã.

Há um clima de comoção na cidade de Barbosa Ferraz, onde todos aprovam a comunidade Irmã Dorothy, segundo informações coletadas pelo Blog do Esmael.

Atribuído ao capitão-do-mato Rossoni, a PM já efetivou dois despejos no estado em menos de um mês — de acordo com a lenda, sempre à revelia do governador Beto Richa, que não manda mais nada ou finge não mandar no fim de feira.

Os integrantes do MST prometem resistir o que pode causar conflito sem precedentes no governo do Beto Richa. Ou seja, pode dar merda local.

Economia

O acampamento Irmã Dorothy possui 12 anos de existência. Ele é formado por 35 famílias, aproximadamente 150 pessoas.

O município de Barbosa Ferraz, no Noroeste do estado, tem 13 mil habitantes e fica a 443 km de Curitiba.

Sobre o nome do acampamento Irmã Dorothy

Dorothy Mae Stang, conhecida como Irmã Dorothy foi uma freira norte-americana naturalizada brasileira. Ela participava da Comissão Pastoral da Terra (CPT) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

A Irmã Dorothy Stang foi assassinada, com sete tiros, aos 73 anos de idade, no dia 12 de fevereiro de 2005, às sete horas e trinta minutos da manhã, em uma estrada de terra de difícil acesso, a 53 quilômetros da sede do município de Anapu, no Estado do Pará, Brasil.

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