Deputados presos no Rio desmontaram o Estado, a exemplo do que ocorre no Paraná

O que diferencia a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro da do Paraná? Nada. As semelhanças saltam aos olhos.

A prisão do presidente da Casa fluminense Jorge Picciani é um “ponto fora da curva” que deverá ser revisto hoje (17), à tarde, utilizando como paradigma o caso Aécio Neves, ou seja, a recente decisão do STF que beneficiou o senador tucano, de que medidas cautelares contra parlamentares (como afastamento do mandato) devem ser submetidas ao Legislativo.

Voltemos às semelhanças entre ALEP e ALERJ.

Os deputados fluminenses votaram favoráveis a projetos que prejudicaram os servidores públicos daquele estado; os paranaenses também o fizeram, confiscaram previdência, apoiaram massacre no Centro Cívico, calote nos reajustes, ameaça de cortes no salário dos professores PSS, dentre outras maldades.

Os deputados fluminenses autorizaram a venda de estatais estratégicas como a companhia de água do Rio; seus colegas paranaenses igualmente autorizaram a venda de ações da Copel e da Sanepar, bem como deram as ativos das duas companhias como garantia de empréstimo (antecipação de recebíveis), o que compromete governos futuros.

Procuradores do MPF sustentam que parlamentares fluminenses cometem até hoje crime continuado de lavagem de dinheiro, já que o esquema não cessou, de acordo com a investigação da Operação Cadeia Velha. Essa modalidade de crime permanente ou continuado enseja prisões em flagrante delito.

Economia

No Paraná têm várias frentes de investigações do Ministério Público. Uma diz respeito a “crimes continuados” praticados por deputados e outros de lesão ao erário cuja investigação ocorre no âmbito da Operação Quadro Negro com desdobramentos no STF e STJ.

Embora os parlamentares fluminenses tendam a ser soltos e os colegas paranaenses não tenham experimentado o cárcere, a prisão é algo muito grave e isso macula qualquer carreira política. Mesmo que essa medida restritiva de liberdade dure apenas algumas horas.

Comments are closed.